Colheita de abril
Em abril, a primavera inunda o clube: há uma nova colheita de livros, várias sessões nas quais poderemos conhecer leitores e um entusiasmo geral com todas as coisas boas do primeiro trimestre do ano.
Podemos afirmar que a primavera chegou finalmente: não apenas pela renovação que observamos lá fora, na Natureza, mas também pelo movimento que começamos a notar nas vidas das escritoras do clube. Para receber abril, temos novos e muito aguardados livros, e um número considerável de sessões de autógrafos e conversa.
Mas nem tudo foi custoso no inverno de que agora renascemos. Chamem-nos nostálgicas, mas não podemos deixar de recordar a nossa incrível Conferência «A palavra escrita, a mulher e a paz», bem como a revista anual do clube. Se ainda não a têm, ainda vão a tempo de adquirir — deixamos-vos mais instruções nesta newsletter.
Boas leituras e até já!
Clube das Mulheres Escritoras
Agenda
1 de abril
Sara Rodi | Sessão de apresentação de O Quanto Amei - Fernando Pessoa e as Mulheres da Sua Vida | Colégio Novo da Maia | 11H30
4 de abril
Rita da Nova | Conversa e sessão de autógrafos | Feira do Livro de Mortágua | 19H
7 de abril
Sara Rodi | Apresentação de O Quanto Amei - Fernando Pessoa e as Mulheres da Sua Vida | Festa do Livro de Ourém | 14H
9 de abril
Maria Bravo | Conversa «Revista sai do papel: o papel da Literatura na educação» para apresentar a edição de abril da revista Brotéria | Colégio São João de Brito, Lisboa | 17H
10 de abril
Catarina Rodrigues | Apresentação do novo livro Quando o amor é para sempre | Livraria Buchholz, Lisboa | 18h30
Lénia Rufino | Apresentação do novo livro Silêncio no Coração dos Pássaros | FNAC de Alfragide, Lisboa | 18h30
12 de abril
Filipa Fonseca Silva | Conversa com leitores na «Primavera de Livros» | Biblioteca Municipal do Cadaval | 15H
Célia Correia Loureiro, Joana Kabuki e Rita Canas Mendes | «Escritoras do Meu País», encontro mensal entre autoras do CME na Biblioteca Municipal José Saramago | Beja | 16H
16 de abril
Filipa Amorim | Apresentação do novo livro A Noite da Tempestade | FNAC do Colombo, Lisboa | 18h30
23 de Abril
Filipa Fonseca Silva | Dia Mundial Do Livro no Mercado do Barreiro | 18H
28 de Abril
Filipa Fonseca Silva | Conversa no Clube de Leitura do Politécnico de Beja | Beja | 17H
Revista n.º 2 do Clube das Mulheres Escritoras
Um tema, múltiplas interpretações. Nesta segunda edição da Revista do Clube das Mulheres Escritoras, poderão ler vinte e dois textos inéditos sobre a «Paz». A primeira edição esgotou num instante, então, não percam a oportunidade de agarrar um exemplar desta.
Comprar/encomendar a revista:
Podem fazê-lo diretamente connosco, por email, ou nas seguintes livrarias aderentes:
Greta (Lisboa) Arquivo (Leiria) Snob (Lisboa), Almedina (Lisboa), Fonte das Letras (Évora) Ler Devagar Chiado (Lisboa) Centésima Página (Braga) Unicepe (Porto) Flâneur (Porto) Letras Lavadas (Ponta Delgada), Lar Doce Livro (Angra do Heroísmo, Terceira), Indie Not a Bookshop (Cascais).
Partilhas
Pode um evento que aconteceu bem no início de março ainda estar bem presente nos nossos corações? Se não puderam estar presentes na Fundação José Saramago para a Conferência «A palavra escrita, a mulher e a paz», acompanhem-nos neste resumo feito pela Rita Cruz, com passagem pelas várias conversas e acesso aos vídeos. Se estiveram, é uma ótima oportunidade para rever os muitos momentos de reflexão desta conferência.
À semelhança do que aconteceu no mês passado, terminamos março com boas notícias vindas do Prémio Livro do Ano, dinamizado pelas livrarias Bertrand. Maria Francisca Gama e Rita da Nova fazem parte dos dez finalistas na categoria de Melhor Livro de Ficção Lusófona, tanto na escolha dos livreiros como na escolha dos leitores. A segunda fase de votações já está a decorrer, pelo que ainda podem participar.
Os encontros «Escritoras do meu País», uma parceria entre o Clube e a Biblioteca Municipal de Beja, continuam a acontecer a um sábado de cada mês. Cristina Drios e Filipa Amorim passaram uma excelente tarde com os leitores. Na sessão de abril, que está na nossa agenda, há «dose tripla» de autoras, com Célia Correia Loureiro, Joana Kabuki e Rita Canas Mendes.
Em março, foi a vez da Filipa Fonseca Silva visitar o podcast Conversas Para Ler, com a Cláudia Godinho, no qual falou sobre os seus livros, o Clube e o que a move na escrita.
Sobre o seu Admirável Mundo Verde saiu uma entrevista no Comunidade Cultura e Arte, que podem ler aqui.
E com a chegada de E Se Eu Morrer Amanhã? ao Brasil, chega também a primeira entrevista para o jornal Zero Hora. Convidamos-vos a ler na íntegra.
Por fim, a Maria Bravo esteve na Rádio Movimento, à conversa com a Joana Clara e a Maria João Covas, e falou do seu percurso como escritora, dos livros que escreveu e também dos que a escreveram a ela — as histórias que a moldaram, os autores que a desafiaram, as palavras que ficaram nela. Podem ouvi-la aqui.
Lançamentos
Quando o Amor é para Sempre — Catarina Rodrigues
Oficina do Livro, março 2025
Uma mulher bem-sucedida e independente vive no estrangeiro há mais de uma década, gere o seu próprio negócio e tem uma relação estável. Nada fazia prever o que a esperava, quando, de forma inesperada, a vida que considerava perfeita se desmorona: a sua relação termina de um dia para o outro e uma morte inesperada obriga-a a regressar à sua terra natal, Lisboa.
Mal podia prever que ao regressar a Bruxelas, não iria sozinha. A sua companhia nesta viagem de regresso é a avó, uma figura fundamental na sua vida e com quem mantém uma ligação profunda e especial, e será agora responsável por cuidar dela. Sem alternativas, e apesar das críticas da família, a mulher de oitenta e cinco anos passa a viver com a neta.
Uma convivência que, mais do que desafiar o estilo de vida de ambas, trará à tona segredos nunca revelados, mostrando-lhes a imperfeição dos heróis com quem cresceram. Este reencontro forçado fará com que ambas redescubram o verdadeiro sentido da vida.
Silêncio no Coração dos Pássaros — Lénia Rufino
Manuscrito, abril 2025
Quando decide pôr fim a um casamento de vinte e sete anos, Laura, uma prestigiada violinista, revisita os principais momentos da sua vida: em criança, o amor pelo violino, o único capaz de preencher os silêncios de uma infância solitária; na transição para a idade adulta, a busca por respostas - ou talvez a compreensão de como se formulam melhor as perguntas; e a certeza de que é na música, sempre na música, que verdadeiramente se encontra.
No prolongamento da catarse, a chegada à maioridade, Álvaro e uma história de amor sem grandes sobressaltos, mas também sem grande entusiasmo; uma parceria apática em casa e na orquestra; e o início do fim: a digressão que faz sozinha pela Europa, a relação com Thomas, um clarinetista austríaco mais novo do que ela, e a tomada de consciência de que é sempre possível fazer voltar a vibrar uma corda que há muito se calou.
Um romance intenso e emocionalmente poderoso, centrado na autodescoberta e no confronto com a dor do fim de um ciclo.
A Noite da Tempestade — Filipa Amorim
Suma de Letras, abril 2025
Sofia não é a mesma desde que Vicente morreu. Desesperada por se agarrar à memória do irmão, muda-se para a casa de férias em Santa Cruz, onde ele se isolava do mundo e revia incansavelmente os casos que não conseguiu resolver na Polícia Judiciária.
Só que a casa não esconde apenas casos antigos.
Após uma noite de tempestade, que Sofia passa com David, um amigo do seu irmão que se revela um inesperado porto de abrigo, acorda com a notícia de que um corpo foi encontrado junto à casa de Vicente. Os inspetores César Delgado e Rodrigo Gonçalves, com quem Sofia também tem uma relação complexa, são chamados a conduzir a investigação, que trará consigo uma vaga de mentiras e segredos capaz de arrasar a ideia que Sofia tinha de Vicente - e de si própria.
Perseguir a verdade sempre lhes esteve no sangue, e apesar de defender que o tempo em que a sua vida pessoal e profissional se fundiam acabou, Sofia não vai conseguir virar costas ao caso de Liliana Ribeiro nem a Santa Cruz, onde está disposta a ficar até ao fecho da investigação… mesmo que esta coloque a sua vida em perigo.
Ela quer saber a verdade… mas a que custo?
Será que esse projeto da Biblioteca de Beja poderia vir para Cascais? Vamos fazer acontecer?